Leva-me vento,
em redemoinhos,
nas asas dos moinhos.
São correntes de ar,
portas a abrir, portas a fechar
(constipações).
O rapaz da meteorologia
diz que não,
mostra-me as previsões,
que a bonança vem amainar o trovão,
mas o sorriso de suas predições
não acalma meu alvoroço.
Voam planos, voam folhas
no Outono,
voa o moço no torvelim.
Porque me fizeram assim,
um ciclone
que varre caminhos,
esta voragem de carinhos
sem cicerone?
Para onde vou,
vou sem tempo,
leva-me esse movimento.
© Maria Clara C’Ovo, 2015.
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