quarta-feira, 2 de setembro de 2015

BILHETE

Interrogam-me o nome
Encostado à régua
Onde digitam negros
Todos os meus medos

Numa equação contada
Pelos dedos, sem geometria,  
Sem os números quiromantes d’oiro
Na palma da minha mão nua de poesia

Carimbam
Com descaramento e datilografia
A  minha idade

A  essência  que inventam
Numa  fotografia  colada
Em simulacros de nada.


Imagem in: revistaforum.br

© Maria Clara C’Ovo





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