Oiço-te dia a dia,
as palavras doces,
da tua voz, a melodia
suspensa
ante teus solos
ou serão monólogos?
Acaricia-me o timbre,
quando te declaras,
dos teu afagos poéticos,
às claras.
Enternecem-me as risadas.
Subentendo os elogios,
as gargalhadas.
Por vezes o tom é alto,
outras vezes mais grave
e frio
mas escuto.
Escuto
as tuas reprimendas, as
críticas, as tuas fúrias
tremendas.
Acompanho o choro,
os soluços, vivencio.
Porque assim te expressas
quando me iluminas
com teu silêncio?
© Maria Clara C’Ovo, 2015.
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