Trocámos sorrisos de papel
Os olhos cruzaram-se nas letras
Escritas nestas linhas de mel
Transformámos sílabas em festas
Mantivemos depois frases cúmplices
Leste-me ideias em
palavras
O verbo inventou-nos multíplices
Para conversarmos entre aspas
Entendes este linguajar
Esta tão marginal oração
Arengas tristes de solidão
Nas nossas epístolas, amigo.
Entregamo-nos sem condição.
Fazemos da língua um abrigo.
Maria Clara C’Ovo
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