Engalanas-me o meu caminho rútilo,
Espelho estrelas, brilho vibrações.
Serpenteias pós, astros e galáxias,
Afagos celestes, arcos d’emoções
Acarinha-me esse teu fogo-fátuo
Quando em elipses, entre vielas,
Em explosões de um Santelmo noturno,
Reflito Vénus, a Lua e Saturno.
Mas cadente em comoções me evado,
Desencontrada em amores perdidos,
Fujo fora de órbita abismada.
E no caos demiúrgico m’inspiro,
Artesã mundana de cosmogonias.
Invento escritas outras harmonias.
Maria Clara C’ovo.
Sem comentários:
Enviar um comentário